SEIS POEMAS
NA
POR
Estanho
escurecido pelo tempo...
Alma
indizível sentimento...
Corpo
na tangente do precipício...
Corda
emaranhado de fios...
Animal
carrega barcos e carroças...
Nada põe fim ao sofrimento.
|
|
|
MADRUGADA, EM SP - 04/03/2006,
LIGI@TOMARCHIO®
I
Morcegos rondam
talvez andorinhas voltem
como saber
onde vive a esperança
de quem sabe a morte?
II
Monstros transbordam dos sonhos meus
não acordo, suporto o medo.
Rostos conhecidos surgem do lodo
na floresta negra que compõe
a sinfonia da minha existência.
|
|
Karma, calma, carmim...
Sangue escorre
dos veios, entremeios
do meu viver.
Não vejo o azul
as matas morreram
o deserto se fez em minh'alma
carente, incoerente.
Resgatar o mar
não devolver a cor
apenas afogar a esperança
de negar a existência.
Luz, calor, energia
negados neste momento
cega estou para o futuro
navego a nau dos afogados.
|
|
Navalha cega
flutua
negando a gravidade
recorta vesga,
presente, passado, futuro.
Da vida tenta resgatar
o "eu" perdido
na imensidão do firmamento
onde estrelas observam
meu fim.
|
|
Para
parar
negar.
Nega
chegar
ao fim.
Final
sinal
semáforo do céu
cruzamento do inferno
carruagem para o nada.
|
|
Semente.
Entremeio.
Sementeira...
Incubada, aguarda o momento.
Nascer.
Talvez vingar, crescer...
Vingança por sofrer parida...
Entremeio.
Sons musicais
piano a tocar um réquiem
a semente jaz sem vida.
|
|