Mercêdes Pordeus

Mercêdes Batista Pordeus, nasceu
em Recife/PE/Brasil, em 18 de maio de 1955, filha de Rildo Meira
Pordeus e de Joséfa Batista Pordeus, aos quais rende sua
homenagem póstuma. Tem sete irmãos e adotou o nome literário
MERCÊDES PORDEUS.
Em Recife fez seus cursos regulares: jardim da infância,
primário, ginasial e normal (pedagógico), como quase toda
criança e adolescente daquela época, em colégio de freiras, no
Colégio Normal do Ginásio Maria Tereza, situado no bairro de Boa
Viagem.
Prestou vestibular para a Universidade Federal de Pernambuco,
onde estudou pedagogia com especialização em Magistério e
Administração nas Escolas de Primeiro e Segundo Graus, exercendo
a atividade de magistério por algum tempo e depois passando a
ser Servidora Pública Federal na área financeira. Logo cedo
demonstrou seu interesse pela poesia, não escrevendo, mas lendo
os autores Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Castro Alves,
Gonçalves Dias, através mesmo de seus livros didáticos da série
NORDESTE.
O gosto pela leitura foi se intensificando à medida em que
amadurecia, já se interessando por outros autores, como Monteiro
Lobato, Clarice Lispector, dentre outros.
Ama a natureza, o canto dos pássaros, o barulho da chuva, das
ondas do mar, curte tudo que lhe diz respeito. Seu gosto musical
é principalmente música romântica, MPB, bossa nova e
instrumental.
É casada com o poeta português Victor Jerônimo e têm um filho.
Foi o Victor Jerônimo que a incentivou a escrever poesia, o que
antes, apenas admirava. Escrevia pequenos textos, contos,
crônicas que às vezes guardava. Os dois criaram o GRUPO ECOS DA
POESIA, do qual são gerentes fundadores.
Mercêdes Pordeus, é o sócio nº 551 da APP - Associação
Portuguesa de Poetas
Membro da AVSPE - Academia Virtual da Sala de Poetas e
Escritores, Brasil.
Membro do portal CEN - Portugal.
BIBLIOGRAFIA:
-1ª Antologia Poética AVBL – Academia Virtual Brasileira de
Letras, (2004) ISBN 85-98219-02-9.
- Organizou e participou, junto com seu marido, Victor Jerónimo
da Antologia Literária Internacional 1ª Antologia Poética do
Grupo Ecos da Poesia “O FUTURO FEITO PRESENTE” (2005). ISBN
85-9051170-1-2.
- TERRA LATINA, Antologia Internacional (2005) ISBN
85-905170-2-0
- Terra Lusíada, Antologia Poética Internacional (2005) ISBN
85-905170-3-9
-Antologia OFICINA DA POESIA 20 ANOS, da Oficina Editores, Rio
de Janeiro/Brasil, ISBN 859828520-X.
- Participou Antologia, ALÉM DAS LETRAS, lançada em 21 de abril
de 2006, em Barra Bonita São Paulo, pelo Clube dos Amigos das
Letras.
- Participou da Antologia Literária Internacional MARGENS DO
ATLÂNTICO, lançada em 22 de abril de 2006, na Casa de Portugal
em São Paulo e em Recife no Gabinete Português de Leitura em 18
de maio de 2006. ISBN 85-905170-6-3.
-Organizou e participou, junto com seu marido, Victor Jerónimo
da Antologia Literária Internacional DOIS POVOS UM DESTINO,
segunda do Grupo Ecos da Poesia e lançada em São Paulo - 22 de
abril na Casa de Portugal e em 18 de maio em Recife, no Gabinete
Português de Leitura. ISBN 85-905170-5-5.
-Participou da II Antologia do Portal CEN – CÁ ESTAMOS NÓS,
organizada por Lourivaldo Perez Baçan, Editora ALL PRINT, São
Paulo/Brasil. (Ano 2006) – ISBN 85-7718-020-4, lançada no Rio de
Janeiro em 09/06/2006.
HISTÓRICO COMUNITÁRIO:
Mercedes Pordeus em conjunto com Victor Jerónimo fundou em 26 de
Fevereiro de 2004 a comunidade luso-brasileira Ecos da Poesia,
dedicada à divulgação de autores da língua portuguesa e mais
tarde em língua castelhana, com a firme determinação de divulgar
as letras em forma de poesia.
Empenhou-se então em organizar antologias em livro para que o
sonho de cada poeta "ver as letras em papel" fosse uma
realidade.
Assim em 2005 organizou a 1ª Antologia O FUTURO FEITO PRESENTE e
em 2006 a 2ª Antologia DOIS POVOS - UM DESTINO.
Porque entende o quão difícil é participar financeiramente em um
livro, estas antologias foram cobradas aos autores a preço da
editora, não tendo os organizadores Victor Jerónimo e Mercêdes
Pordeus qualquer ganho financeiro.
CONCURSOS:
- Participou da IV Seletiva de Poesias, Contos e Crônicas de
Barra Bonita/SP, realizada pelo Clube Amigos das Letras, teve
como obra selecionada a poesia ENQUANTO A CIDADE DORMIA, recebeu
o Diploma de Classificação com Louvores
-Participou do IX Concurso de Poesia Falada APALA - Academia
Pan-Americana de Letras e Artes, prêmio Castro Alves, Tema Ecos
da Noite, quando obteve menção honrosa em POESIA com o poema “AS
DORES DA ESCRAVIDÃO”, em 26 de abril de 2006.
- Participou do XII FESERP – XII Festival Sertanejo de Poesia,
prêmio AUGUSTO DOS ANJOS, realizado pela Acauã Produções
Culturais, na cidade de Aparecida/PB/Brasil. 11ª Classificação
com o Poema LEGADO PARAIBANO, em agosto/05.
-Participou do I Concurso de Poesia de São Bentinho - Prêmio
Belarmino de França, promoção da Secretaria Municipal de
Educação e Cultura de São Bentinho/PB, em abril/06 com o poema A
VIDA DE UM GRANDE POETA – Classificação 18º lugar.
-Diploma de Classificação com Louvores na III OLIMPÍADA CULTURAL
500 ANOS DA LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL, 2º semestre/06, com a
obra BRASIL E PORTUGAL na categoria CONSAGRADOS, do Clube Amigos
das Letras.
NUDEZ DA ALMA

Hoje eu quis
me desnudar,
Não uma nudez corpórea,
Mas a nudez da alma
Dos sentimentos a libertar.
Quis me libertar dos preceitos
E de todos os preconceitos,
Das ilusões e sonhos desfeitos,
Tornar a minha vida perfeita.
Eu me vi diante de uma fonte
Vestida de branco, nos movimentos, leveza,
Soltando os cabelos e nela submergindo
Despi-me e me banhei suavemente.
Banhei-me naquela água límpida e transparente,
Naquela transparência deixei meus lamentos,
Revivi meus sonhos, os mais lindos sonhos
Liberei afinal todos os meus tormentos.
E foi nesse contexto que deixei os dissabores,
Criei meu quadro, realidade dos sonhos,
E foi emergindo daquela fonte ladeada de flores
Que compreendi da vida os amores.
Neste ato de imersão e emersão
Compreendi, ser hoje o amor presente
Desprovido, despojando-me das ilusões
Dei-me mais uma chance, neste amor presente.
Vivendo este amor sem conceitos pré-estabelecidos
Fluindo naturalmente o sonho da felicidade
Essa sim, hoje é minha doce realidade
Por Deus, realização dos sonhos concebidos.
*Poema participante no Concurso A Grande Chance*
POEMA À LUA

Lua que testemunhas tantas
alegrias e tristezas
Tantos sonhos realizados, outros desfeitos
Lua, que estás tão longe e ao mesmo tempo tão perto de
nós
Que nos causa tantas felicidades e seus efeitos.
Lua, criação que nos foi oferecida pelo Criador
Para nos acompanhar, e ao nosso lado caminhar
Bastando para ti olhar, à tua magnitude nos atermos
Para concluir, quão tamanha tua grandeza.
Lua, belas inspirações nos ensejas
És poema aos namorados que ao te olharem versejam
Lua, que estás aí pertinho de DEUS
Diz-me, onde estão os meus que partiram?
Que foram para tão longe de mim, transcenderam
Será, oh! linda lua que deles também és testemunha?
No infinito onde te encontras, onde Deus te colocou
Sabiamente, esse mistério só pertence a Ele, e quem sabe
a ti!
Soberana Lua...
A realidade perceptível é só uma : musa inspiradora
Continuas a ser a mais bela dos enamorados
E daqueles que com sabedoria a ti direcionam os olhares.
PÔr
do Sol ao som de Ravel

Aproximam-se as dezessete horas da tarde
Palco preparado, todos à espera do momento
O violinista, o saxofonista pareciam cronometrar
O momento exato do Bolero de Ravel executar.
Nesse contexto, uma grande expectativa
Todos à espera que ao início do toque
O grande Rei Sol, fosse paulatinamente
Deitando-se, até descansar quase indolente.
Ali estavam pessoas de diversas localidades
Que visitando João Pessoa, na oportunidade
Jamais poderiam perder tão belo espetáculo
De beleza singular... os olhares direcionados.
Pessoas cujos olhares traziam a alegria
Para outras trazia à mente melancolia,
Talvez por lembrar de alguém que partia
A saudade se aproximava e o peito sofria.
Alegrias, expectativas e até pressentimentos
Eram tantos os sentimentos naquele momento.
Porém, independente deles, a beleza prevalecia
Da bela estrela que nos dera a luz durante o dia.
Pensamentos absortos, outros porém atentos
Todos ali permaneciam com mesmo intento
Enquanto isso percebiam as águas do belo rio
Vez em quando beijar o cais já quase sombrio.
De repente ressoam em sintonia, os sons se espalhando
Começava a entoar o saxofonista num pequeno barco
O violinista por entre aqueles que olhavam atônitos
O lindo e tão esperado por do sol, ao som de Ravel.
Como em sintonia começaram, assim terminaram
E concomitantemente os raios do rei descansaram
Esperando a próxima alvorada para o renascer
E mais um dia recomeçar e assim resplandecer.
Depois o violino emanou o som da “Ave Maria”
E assim terminou aquele dia, mais um dia
Na Praia do Jacaré, cuja beleza sempre trazia
Diariamente, em João Pessoa, aquela primazia.
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Música: Bolero de Ravel

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