Josette Garcia

Nasci em Curitiba, em dezembro de
1960.
Durante muitos anos, entre minha fase de estudante, profissional
ou mãe, o tempo limitou minhas condições ao exercício de minha
paixão pela literatura e pela arte.
Quando muito conseguia rabiscar algumas linhas nos espaços vagos
de cadernos, guardanapos e o que se fizesse mais próximo.
Acabei guardando muitos deles durante anos, esquecidos em meio a
agendas, diários e livros que muito demoraram a ser novamente
folheados.
Foram muitos anos de sentimentos guardados, gritos sufocados,
linhas sepultadas que eu já julgava mortas.
De uns anos para cá, quando dei um tempo para minha vida
profissional, comecei a achá-los e enamorar-me novamente, como
se aquele amor de adolescente, que há muito não via, e, ao
repassá-los e corrigi-los, fui me dar conta que já levava
cadernos para perto do fogão ou da tarefa mais próxima.
Pintava escrevendo e vice-versa, como se uma coisa da outra
dependesse (e, talvez, assim o seja).
Concluí que eram uma forma de externar meu sentir e, também, de
dar uma razão para que a vida não passasse em branco.
Repassar minhas experiências vividas foi tornando-se, então,
naturalmente, uma maneira de amenizar não só meus
questionamentos mas de todos que recebiam em minhas linhas, um
pouco de mim, outro tanto da minha forma de acreditar e de agir
e outro ainda de muitos que achavam-se na mesma condição
meramente humana de ser.
A partir da minha adesão a alguns grupos que tem por finalidade
trocar idéias e informações literárias, fui me tornando uma
defensora de interesses comuns a muitos dos que me acercavam,
direitos autorais, luta pelo profissionalismo da classe de
autores e escritores, legislação, incentivo, repasse de
informações e desta forma, acabei me envolvendo em assuntos
muito maiores do que apenas os limitados horizontes dos meus
escritos.
Hoje, objetivando incentivar e defender muitos destes interesses
, mantenho o site
www.milamigos.net onde, em conjunto com vários colegas,
posso levar poesia e cultura a outros cantos deste planeta.
Insisto em tocar-te...

Sei que eu nada precisava escrever...
Porque me sentes apesar de todas e quaisquer palavras ou
gestos
que eu pudesse pronunciar ou transcrever.
De todas quaisquer circunstâncias que possam
apresentar-se...
Porque este nosso amor pode transcender espaços, tempos,
todos
os acasos, limites, sons e toques...
E porque o amor está acima de todas as leis da ciência e
razão ora conhecidas.
Mas, insisto em desaguar na escrita este meu sentimento
e esta
vontade quase profana que me sufoca.
Porque talvez esta seja a única maneira que tenho agora
de poder enlaçar-te e de envolvê-lo, como que naquele
abraço que tanto anseio te dar...
Porque é só assim que, neste momento, posso senti-lo.
Vejo teu retrato e posso perceber em teus olhos, um
espelho que
me reflete.
Teu olhar é um mistério que só eu posso desvendar.
Por mais distante que ele possa parecer, só eu sei aonde
ele aporta.
Nele, segredos que só nós sabemos.
É este teu olhar um raio que tem o poder de transpassar
em apenas um milésimo de segundo, todas distâncias e meu
estado físico.
É ele que me invade e que desnuda meu corpo...
Que descobre minha alma...
Só ele que consegue entender todo este meu sentir e
causar todas
estas sensações que, agora, são somente nossas.
Sei que não precisava escrever se apenas te imaginar me
bastasse...
Mas minha inconformidade está acima de qualquer
compreensão ou sana razão.
E nesta minha ânsia louca de poder tocá-lo, minhas mãos
procuram desesperadamente uma forma, ainda que assim
sôfrega e insana, de movimentar-se...
É energia em busca de dispersão, talvez para compensar
os afagos
que não posso te dar.
Neste momento, restam-me estas teclas onde digito os
sofreres que esta ausência causa, talvez assim, tentando
aliviar a angústia desta distancia que tanto atormenta.
Quem sabe esta energia inserida nestes sentires, que
agora emanam, nestes meus escritos, possam
transformar-se naquele beijo que eu queria te dar...
E, desta forma, você possa senti-la e, ao menos, consiga
sonhar com este amor todo que temos guardado para
praticar...
Um dia... Quem sabe?
NOSSAS CANÇÕES

Transportas-te a
mim nesta canção
Que dedilhas agora em teu violão...
Onde cantas as vitórias e derrotas
Deste nosso amor, em suaves notas.
Deixo-me embalar ao soar da melodia
E em tua voz que, em minha fantasia,
Sussurra esses acordes em meus ouvidos,
Tons roucos, sensuais e atrevidos.
Como se fosse eu, abraças o instrumento,
Desabafando nele todo o teu lamento,
De minha ausência e nosso complicado amor.
Distancia que só o som pode transpor...
Nele ensaias minhas canções prediletas
Decoras músicas e letras dos poetas
Que tocam minha alma e sentimentos
E transformam em magia meus momentos.
MAGIA

Perguntas-me: -O
que é magia?
E eu respondo: - É a alquimia,
Que está por todo o lado.
A encontrarás numa poesia,
Em toda e qualquer fantasia
E ao recordar o passado...
São versinhos bem rimados,
Ou nos carinhos bem dados...
Daquele amor que te sacia
Podes ouvi-la na melodia
De uma voz que te alivia
Ou num carinho trocado
Talvez, num abraço apertado,
Num segredo bem guardado,
Numa mão que acaricia...
Ou na emoção que arrepia
Quando, em melancolia,
Vemos o retrato amado!
http://www.milamigos.net/

Música: A little night Music,
by Enya

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