Humberto Veríssimo Soares Santa

 Nasceu numa pequena aldeia do litoral português, Atalaia da Lourinhã, de onde saiu com dois anos. Viveu a maior parte da sua vida na cidade de Setúbal, tendo estado ligado à Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, onde foi responsável pelo Departamento de Coordenação de Operações, encontrando-se hoje na situação de aposentado.
É casado com Margarida Augusta Correia Pinto Soares Santa que alia à arte de desenhar uma elevada sensibilidade poética e lhe ilustra todos os poemas com magníficos desenhos a lápis ou a nanquim.

OBRA LITERÁRIA

POESIA :

MUNDO DE QUIMERA – Edição do autor 1999

COLECTÂNEAS :

POIESIS V e VI – Editorial Minerva – Lisboa – 2001

TEMPERA(MENTAL) – Editorial Minerva – Lisboa – 2002

PROSA & VERSO II – Projecto Palavras Azuis – Blumenau (BRASIL) – 2003

I ANTOLOGIA DO PORTAL CEN - Edição L.P. Baçan – P. R. – Londrina - BRASIL 2004

TERRA LUSÍADA – Edição Abrali – BRASIL – 2005


LIVROS VIRTUAIS :

REDENÇÃO

FRASCOS com gotas de poesia

SENTIMENTALMENTE

FANTASIA NO LAGO DOS SONHOS

O BERGANTIM DE CRISTAL

O OÁSIS DO AMOR

O PENSAR PROSAICO DE PEQUENOS POETAS

MUNDO DE QUIMERA I – II – III

ALMA PEREGRINA

O TEMPO E O VERBO

Participação em várias ANTOLOGIAS


CONTOS :

Contos ESQUECIDOS

A SEREIA

Parei. Olhei o mar. Vi-te sereia.
O Sol ia fugindo em rósea cor,
Louco, corri e ávido de amor
Por ti, perdido, naufraguei na areia.

Do marulhar das ondas em rumor,
Ondulava a canção duma baleia.
Um navio, ao longe, era candeia
Acesa p'lo vermelho do sol-pôr.

Então pensei : morri !.... chegou a hora
De morrer entre os beijos que enlouquecem.
Senti que a minha alma se ia embora,

Subi ao céu !...mil estrelas me aparecem,
A tua boca, na minha se demora.
Teus lábios, nos meus lábios adormecem !
 

Humberto Soares Santa
Cotovia, 2003-01-14

 

QUEIXUME

Ouço vozes... sussurros... nostalgias,
Prantos d’alma !... murmúrios de uma vida,
Sopros desta saudade indefinida
Que acompanha e devora os meus dias.

Meu corpo arrefeceu, as mãos estão frias.
No espelho tenho a face mais sofrida.
O rosto perdeu cor... barba crescida.
A alma vai chorando em agonias.

Lá fora chove. Em mim entra a tristeza !...
Nesta melancolia, o mundo esqueço.
Deus !... retirai de mim esta incerteza.

Se me afasto de mim... reapareço !
A alma que voou, hoje está presa.
Quando fujo de mim, em mim tropeço !

Humberto Soares Santa
Cotovia, 2004-01-16

 

ALMA VESTIDA

Um vulto nu e só, dança na estrada
Lavando, com seus sonhos, corpo e alma.
Perdido, foi parar na encruzilhada
Onde nem no cansaço, sente a calma.

Quem és tu, dançarino do caminho ?...
Que fazes por aqui, bailando nu ?...
Que fazes neste mundo, tão sozinho ?...
Homem (que sou eu)... diz !... - Quem serás tu ?...

Pra seres o ditador da própria sorte
Nesta difícil dança que é a vida,
Terás que demonstrar que és o mais forte

Erguendo alto, a fé nunca perdida.
Só assim vencerás a própria morte,
Nu de corpo, mas de alma vestida !

Humberto Soares Santa
Cotovia, 2002-08-29

 

Portugal

humberto.santa@netvisao.pt


Música: Canção do Mar

 

 

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