Boca Amante

Boca amante sussurra beijos
lânguida desce aos lábios sedentos
vai dos olhos á face em pejo
feito rosa feito vento
Cálida boca de tom rosado
sorve com gosto todo orvalho
da noite incauta e pecaminosa
que urge teus beijos molhados
Faminta boca tão minha
que ascende fogo intenso
reclama para si todo mistério
carinhos enlevados e plenos
Boca fremente de vontades
do gosto da paixão e do pecado
atiça a chama ardente
do inebriante gozo esperado.
Folhas Soltas

Aqui agora
caço letras, formo palavras
versejo a noite, solto as amarras
A brisa noturna, acalanta o pranto
com seu perfume de rosa desnuda
Olhar perdido no céu,
entoa um canto sofrido
Tristes lágrimas somente decantam
este poema maldito.
Poema da solidão, da dor de um coração
irrequieto incompreendido
de alma esdrúxula e juízo perdido.
Poeta insano de sentimentos oblíquos
Cala-te a alma
Silencia a tua voz
Porque da tua dor só restará o torpor.
Tua mão

Quem dera tua mão
na minha
em lânguido e sereno passeio
provando a doce magia
da pele em rubro desejo.
Orquestrando passo em segredo
valsando ás espáduas nuas
provocando pausadamente
sonho , anseio e loucura.
Feito rima resplandecente
desliza pela face fulva
evocando cálidos desejos
emudecendo a mais ousada Lua.
Sedução e encantamento
no teu toque estão presentes
versejando assim sem receio
amor e paixão sem rasura.
Quem dera tua mão tão minha
trêmula, entregue e perene
resvalando caminhos secretos
despertando a flor dormente.
Quem dera tua mão amada
no meu corpo docemente
tornando delírios concretos
apossando-se finalmente.
elainefr@terra.com.br

Música: Instrumental

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