Fantasia-II

Tâo intenso era o brilho de aquela estrela,
que me cegou e este corpo cansado nâo teve
outra alternativa que pousar em lugar desconhecido,
sem nome visivel,nem corpo palpavel.
Ali tinha moitas e inusitadas formas de vida,tantas
que desconcertado entrei num bazar donde se
ofereciam em corpo e alma bonecas sedutoras para
todos os gostos. Olhei tanto e quanto um curioso
em pais exòtico costuma fazer, e reparei numha
que sô tinha o teu nome, nâo tinha rosto nem corpo,
digamos que era invissivel e que com ela fiquei.
As outras tâo belas e sedutoras nâo me atraiam.
Foi o teu embrujo quem me seduciu, cree-me.
Oh bela sem rosto!proba disso è que quando
te toquei meu corpo se excitou atal ponto que
senti teus labios nos meus a sugar meu alento
e quando meus dentes tocarom com ternura
o pòmulo da tua caprichosa orelha, escutei
extasiado o bruar dum mar enfurecido pola
paixâo. Foi entâo quando reparei que tinha
nos meus braços a mulher dos meus sonhos.
Tanto assim, que continuei, por aquel
corpo invisivel a lamber e sugar como
se fora um sorvete e vai que topo jà
com aqueles mamilos de sabor de limâo.
Nao quero continuar o meu recorrido
por que apòs o umbigo venhem outras
cousas donde montes e mares se
confunden e eu sô estou de viagem
por este maravilhoso mundo dos sonhos.
Agora, despois de tanto prazer bou
descansar.Amanhà quen sabe se nâo
me confundirei e quiças que nâo te
atope pois es invisivel, mas polo aroma
que tua alma deixou em mim, inconfudivel
por certo, nâo me escaparàs, jà que
para mim te quero e se tu me desejas,
que mais se pode pedir??
*De viagem polo mundo dos sonhos
Santiago de Compostela
3/11/2001*
Fantasia-III

Olà minha adorada
Feiticeira.
Gratas novas hoje, te vou a contar.
Acabo de atracar alì meso, nesse lugar,
no que a graciosa Venus fez seu ninho e
nele achei pousada donde comer e beber
o que quiser e a fartar. Que gostosa comida ,
que molhos e que aroma tâo grato ao paladar.
Um dia destes ei-te de convidar. Dà por certo
que hàs de comer do meu plato e que nunca mais
doutro vas a gostar. Para mim e para os meus
invitados tudo è de graça e nada hà que pagar,e
polo carinho gostoso mas o amor que te dâo e os
extras que no acto te servem,se de entojo estàs,
ou por provar, ainda se desfazem em cumplidos
e com caricias pagam, por o feito de mandar.
Assim è minha graciosa mensageira dos Cèus,
este precioso lugar a donde vim dar, tal que
ainda hoje cansado estou de tanto singrar,
atè o triste ponto de que jà home nâo hà
nem farrapo de gaita tèm pra tocar.
Tal vez se a mìm vieres, nas alas do vento,
arroupada do teu esplendor e donosura
sem par, podia-se dar o milagro de què
como um novo Làzaro viera eu levantar.
Mas tu nâo vens,nâo apareces por nengum
lugar e este velho timonel sôsinho, para ti
a proa da nave quer,mas nâo pode enfiar.
Agora jà, todas sâo nèboas e nubens negras
que me estâo a cercar!Vem a mim. Oh linda
Fada misteriosa!Vem,o meu Cèo clarejar,
que este servidor a gosto teu, nâo meu,
te hà de despachar e quem sabe se nâo
quereràs recuncar!!
*De viagem polo mundo dos
sonhos
Santiago de Compostela
4/11/2001*
Fantasia-V

Parecia umha ilha
mas era umha nuve
tâo bela e acolhedora, que decidi fazer alì
o meu ninho com quatro arbustos e um pouco
de erva seca que serviria de leito. Mas, que digo?
Aquelo era umha nuve tâo macia como um colchâo
feito, de espuma de mar.Pensava instalar-me quado a
minha bem amada viera,mas ei-te que jà ali à minha
espera estava,vestida de Eva, com traje turbador.
Eu, para nâo ser menos, fardei de Adâo luzindo todas
as minhas galas. Para começar o acto, acerquei èla
atè mim e a instalei no meu colo, de jeito que com
ternura
e o maximo de delicadeza fui oferecendo todo o meu tesouro
atè encher, sempre suave, seu covisado peto, o que notei
por sua maravilhosa cara de satisfaçâo. Entâo jà
emocionada, começou a mover-se presurosa mas eu
calmei-a falandolhe mole e suave que sosegara, que fora
de vagar, vagarcinho, que as cousas gostosas hà que
rendelas e assim o fez e estivemos a olhar-nos mentras
tenuamente nossos corpos balançavam como umha
barcarola em placido mar. Agora meu bem, disse,
encosta a tua cabeçinha no meu peito e sorrindo
obedeceu,Feliz da vida que se atopava! Voltei a dizer
deija eu fazer, que tenho mais experència, ou nâo?
Bem, o teu gemiar è prenùncio de precipitaçâo.
Dame a sorver teu alento e a sugar teus seios
jà tensos como bico de limâo. Acalma gatinha,
que estamos a sôs e temos todo o tempo do
mundo e sem olhos lascivos a nos espreitar,
Assim com meiguice e quando logo a hora
chegar explodiremos a um tempo, mentres,
degusta os doces aromas de savor a Cèo
e da mùsica celestial que nos oferece o vai
e vem do teu badalar. Agora, aperta, grita,
làia-te, nâo te reprimas que esto è o fim.E
assim explodimos, navegando numha nave
pendurada do Cèo. Logo do climax, veu o
extaxis que me fez lembrar aos incredulos
que sostenhem que o Cèo nâo existe!
*De viagem polo mundo dos
sonhos.
Santiago de Compostela GALOZA
5/11/2001*
*De odas Eterodoxas de Chankecham*
http://www.xente.mundo-r.com/iltrovatorechankecham/

Santiago de Compostela/Galizia

Música: Greens Leeves

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