Marcas
do que
foi

Ergue-se
um
palco
de
emoções
diversas
à
manhã
de
fronhas
partilhadas.
Despertam
os
atores
dessa
peça
tosca,
à luz
de
afagos
vis e
adormecidos!
O
tempo
é o
canto
de um
quero-quero:
repete
a
ilusão
do
instante
morto
e
cobra
o
bem-querer
do
movimento,
num
misto
de
presente
e
futuro
remotos!
Mas as
intenções
têm
cheiro
de
cova;
as
músicas
têm
notas
dissonantes
com
melodias
de
pecado
coletivo!
E os
homens
chorarão
a cena
perdida;
a
soberba
lhe
tolherá
a
própria
vida;
e os
túmulos
serão
os
marcos
da
história!
Gestação
de
natureza
gemelar

Chove
agora,
mas
uma
chuva
diferente.
O céu,
há
pouco,
inda
com
seu
azul
celeste,
gestava
uma
tarde
saudável!
– De
repente
o
tempo
fechou
(Norte
a Sul,
Oeste
a
Leste)
e uma
tempestade
nascia
à
vista,
frente
a tudo
e a
todos.
Chuva
torrencial!
A
veste
clara
das
nuvens
escureceu
e,
fremente,
relampejara
na
esperança
que me
deste!
E
galopante,
o rio
se
transformou
em
mar;
calmaria,
em
desassossego
inesperado.
Dia de
tempo
bom e,
ao
mesmo
tempo,
mau!
Dia
ambíguo,
com um
segredo
revelado:
era
uma
gestação
celeste
gemelar;
tarde
de sol
e
temporal
(intemporal)!
Diante
do
espelho

Põe-te
em pé,
ante a
moldura
do
espelho.
O que
vês? –
Exatamente
o que
vês!
És a
própria
Flor.
Aí, ao
invés
de
joeirar-te,
observa-te
do
joelho
à
cabeça,
e
verás
em tua
tez
a
limpidez
da
corola
e o
vermelho
do
viço,
no
vício
de ti,
parelho
do meu
desejo
e
encanto,
cada
vez
que te
vejo!
Basta,
assim,
que te
ponhas
diante
de
mim,
independentemente
de tua
vestimenta!
– És a
menina
dos
meus
olhos!
Então
vem,
se é
que
sonhas
meu
sonho
de
realidade:
mina
de tua
beleza,
vista
de
frente!
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Música: Old Man's Prayer, by
Masaharu Iwata

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