NO
MEIO
DO
CAMINHO...
(nem
sempre
há uma
pedra)

Numa
trilha
da
floresta...
numa
curva
do
caminho...
estava
uma
pedra
jogada...
uma
pedra
pequenina...
pouco
maior
que
uma
unha...
há
muitos
anos
atrás
estava
enterrada
em um
barranco...
e
aconteceu...
nem se
lembra
quando...
um
homem
com um
galho...
retirou-a
de
lá...
nem
olhou
para
ela...
e lá
ficou
jogada...
pegou
chuva...
pegou
sol...
um
menino
ali
por
perto...
ouviu
o
canto
da
ave...
um
passarinho
azul...
pegou
a
atiradeira...
fez a
mira...
e
pum...
errou..
errou
tantas...
olhando
para a
pedra...
pegou-a...
mirou
bem e
atirou...
mas o
pássaro
maroto...
já
meio
desconfiado...
sem
olhar
para o
garoto...
foi
voando
para o
mato...
a
pedra
já
passou
longe...
bateu
no
chão e
rolou...
lá na
beira
do
caminho
foi
que
ela
acabou...
apoiada
pelo
mato...
ao
lado
de
outra
pedra...
mais
tempos
bons e
de
chuvas...
animais
só lhe
cheirando...
sua
cor
era
diferente...
passando
um
viajante...
pegou
a
pedra...
olhou-a...
abriu
seu
alforje
e
guardou-a
com
carinho...
chegando
em
casa...
a
primeira
coisa
que
fez
foi
lavar
a
pedra...
e
colocá-la
numa
prateleira...
onde
todos
os que
chegassem
pudessem
vê-la...
conosco
muitas
vezes
essas
coisas
acontecem...
estamos
só em
um
canto
de
nossa
vida...
chutados
de um
lado
para o
outro...
até
que um
dia...
aparece
alguém
que
nos dá
importância...
nos
cuida
carinhosamente...
sentindo
orgulho
de
nós...
do que
somos
ou
fazemos....
infelizmente...
grande
parte
das
pessoas...
assim
como
muitas
pedras...
ficam
dentro
dos
seus
barrancos...
outras
pedras...
são
apenas
chutadas...
por
toda a
sua
existência...
pobres
pedras...
pobres
pessoas...
sem
destino...
sem
atenções...
sem
amor...
A PENA

Quem
era
ele?...
ninguém
sabia...
leram
a sua
alma...
alma
de
criança...
que
nesse
mundo
louco...
nasceu...
era um
menino...
com
suas
brincadeiras...
travessuras...
sofreu
pela
vida...
com
isso
amadureceu...
nos
muros
dessa
vida...
muita
cabeça
bateu...
os
anos
foram
passando...
alegrias...
agonias...
desgostos...
um
homem
duro
tornou...
mas
era
uma
armadura...
proteção
pra
outra
guerra...
por
dentro
da
carapaça...
a
criança
ainda
vivia...
ela
não
tinha
se
ido...
vivia
na
letargia...
aquela
pilha
de
anos...
depositada
nas
costas...
pela
mão de
uma
fada
madrinha...
que
viu
suas
duras
penas...
transformou
aqueles
anos...
num
lindo
manto
de
penas...
aturdido
ele
ficou...
nunca
tinha
tido
penas...
com
seu
bico
afiado...
uma
pena
da asa
ele
tirou...
e com
essa
pena
então...
mergulhada
no
tinteiro
das
cores
da sua
alma...
nas
cores
do
arco-íris...
traçou
as
primeiras
letras...
fez
rabiscos...
e da
arquitetura
da
vida...
tirou
todas
as
idéias...
arrumou-as
com
carinho...
nos
ares
montou
mensagens...
montou
planos...
montou
vôos...
as
cores
tomaram
formas...
e num
plano
irreal...
com um
toque
inventivo...
levou-as
pro
virtual...
ficou
linda...
colorida...
muito
sentimental...
precisava
de um
nome...
empunhando
aquela
pena...
assinou...
Águia
Real
A
Volta
do
Madrugador
Errante

Olho
meu
relógio...
2
horas...
o dia
se
inicia...
nas
minhas
costas...
a
janela...
ouço
os
carros
passando...
o
Jô...
entrevista...
fecho
os
olhos...
que
dia...
uma
mensagem
feita...
os
e-mails
chegam...
uns
belos...
alguns
repetição...
mas
não
importa...
todos
foram...
mandados
de
coração...
vejo o
envelope
azul...
de
quem
será...
notícias...
recado...
um
mimo...
um
agrado...
já não
vou
ficar
à-toa...
são
todos
da
mesma
pessoa...
são
piadas...
muito
boas...
engraçadas...
ligo o
icq...
vejo
alguém...
será
você...
nada...
é uma
amiga...
coitada...
invadida...
perdida...
briga
com um
canadense...
que
sem
qualquer
cerimônia...
se
instalou
por
lá...
todo
contente...
eu
socorro...
acudo...
dou a
mão...
configuramos
o
bruto...
iiiih!...
rsss...
fiquei
sem
rima...
mas...
ela
agora
está
salva...
dei a
volta
por
cima...
fiz a
minha
boa
ação...
desta
madrugada...
e
estou
de
partida...
agora...
minha
querida...
beijo
no
coração...
até
amanhã...
minha
vida...
http://www.aguiareal.com.br/

Música: Alibert

Voltar
Menu
Art by
Ligi@Tomarchio®
|