Pedro Valdoy

Francisco Pedro Curado Neves
nasceu em Estremoz.
Tirou o ensino secundário em Lisboa e o curso de Máquinas
Marítimas na Escola Náutica Infante Dom Henrique, curso
superior.
De 1955 a 1958 esteve em Lourenço Marques a trabalhar na
Repartição de Finanças e como jornalista com o pseudónimo de
Pedro Valdoy.
Em Agosto de 1958 regressou a Lisboa, onde permaneceu até agora.
Durante seis anos navegou por esses mares em navios Paquetes
como Oficial Engenheiro de Máquinas, em especial pelo continente
africano.
Devido ao casamento, pôs as viagens de lado e foi admitido na
E.D.P. até se reformar.
ACTIVIDADE LITERÁRIA
Desde os oito anos que adora escrever. Quando estudante, fundou
o jornal de Parede O GAVIÃO . No fim da década de 50 foi
jornalista em Lourenço Marques. Conviveu com Reinaldo Ferreira,
filho do repórter X, Moura Coutinho e José Craveirinha, então
director do BRADO AFRICANO.
Tem poemas publicados em vários jornais de Moçambique, Ilha da
Madeira e Portugal Metropolitano.
Participou nos Encontros de Poesia realizados em Vila Viçosa, em
1988.
Em 1990 publica o livro de poemas, POEMAS DO ACASO. Em 1991
edita mais um de poesia, HÁ CANDEIAS NO FIRMAMENTO. NO SILÊNCIO
DE UMA PALAVRA sai em 2001 e em 2002 A MONTANHA AGRESTE também
de poesia.
Presta colaboração no jornal POETAS & TROVADORES.
Colaborou em algumas antologias da Associação Portuguesa de
Poetas, da Tertúlia Rio de Prata e 1ª Antologia Poética da
Academia Virtual Brasileira de Letras.
Publicou 3 Livros Virtuais: “Rosas do Deserto”, “A Montanha
Agreste” e “Os Sentidos da Poesia”.
SONORIDADES

Com
o sorriso dos génios
sinto as vibrações do piano
enquanto a melodia saltita
para uma solidão supérflua
Na noite
as estrelas serenas
dançam com os anjos
enquanto sinto o sorriso do teu olhar
São pingos de notas
com a Lua
que espreita pela janela
a maravilha dos sons
Com a suavidade
aguardo embevecido
teus dedos
que rolam pelo piano
Mas veio o silêncio
com novo sorriso teu
com ar de marota
me beijaste
A tua ternura
levou-me ao rubro
no silêncio da sala
e o amor aconteceu.
Pedro Valdoy
SUAVEMENTE

Pelos prados soavam os ventos
na suavidade eterna de uma vida
guiada por tempestades mornas
na indecisão do tempo eterno
São gotas de orvalho
pingos de mel que se espalham
no horizonte da bondade
com o despertar do Sol
Solitário continuo a navegar
na sombra do desconhecido
oculto pela vergonha vadia
no vale de uma velhinha
O vazio corrói a maldade
com a transmutação da alma
que atravessa o vale da eternidade
onde nem o som dos oceanos se ouve.
Pedro Valdoy
A SEMENTE

Da semente nasce a poesia
para a eternidade
de uma paz estável
por prados verdejantes
São grãos de palavras
em sintonia
como a ingenuidade
de uma criança
É o aconchego das letras
feito pelo poeta
na imensidão
de um universo sequioso
Os sons misturam-se
com as metáforas
Transformam-se
em imagens poéticas
Nesta atribulada nave
a poesia desenvolve-se
como o sossego de um rio
que corre por planícies
ao encontro do mar.
Pedro Valdoy

Portugal
http://www.ebooks.avbl.com.br/biblioteca2/pedrovaldoy.htm

Música: Sonata Claro de Luna,
by Beethoven

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