À FLOR DA LIBIDO

Em noites de lua cheia,
o fogo do amor me aquece,
invade um desejo de amá-la
em todos os momentos
Quando a lascívia eletriza meu
corpo em leve torpor
crepita um desejo de entregar-me
em suas mãos como presa dominada
Não há o que passe este desejo,
deito você na cama e devoro-te
ensandecido de tesão até...
explodir os orgasmos mais alucinantes
Sou lobo faminto tenho nos olhos
raios magnéticos que a seduzem
nas trocas de carícias.
Teu corpo arde em cada toque
que aos poucos minha gula percorre com torpor
Não lhe solto do leito antes de degluti-la
por inteiro e fazê-la estremecer...
*Paulo Silveira der Ávila*
ANGÚSTIA URBANA

Não poder falar ...
sufoca!
Como deprimem
as coisas por fazer
Se me calo,
recuso o direito
de discordar do mundo.
A poesia
liberta o silêncio mudo
até que possa sair de mim
e voar livre,
sem as amarras fixadas no chão.
Se te falo,
torno-te cúmplice
na maneira de entender a vida.
*Paulo Silveira der Ávila*
BALADA DE UM CORAÇÃO

Perguntei ao céu de estrelas:
ao meu amor que hei de dar?
Respondeu-me com silêncio,
o silêncio do ar!
Podia dar-lhe o meu encanto,
meu amor, meu cantar, o azul do mar.
Como poderia dar?
Respondeu-me com absoluto silêncio.
Que importa, se meus sonhos,
semeei-os no etéreo
e abrem a porta da alma
para ouvir a música à distância
com suaves acordes de violinos.
Meus poemas são como águas cristalinas
que cantam, correm, sorriem e choram,
abrem caminhos,
passam sob rios caudalosos
à procura de você.
Ai então, quedo-me e
no aconchego do seu calor e do seu coração
aflora a mística balada
que lembra uma sonata ao luar.
Ah, que lindo presente que pula no peito
com suavidade e flutua na alma.
Que gostosa sensação essa
de oferecer um presente de puro amor.
*Paulo Silveira de Ávila*

Música: Tears, by Ernesto
Cortazar

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