As Margens do Tejo

Tejo, ondas que o mar revela
Refresca meu rosto
Aos pés desta donzela.
Tejo, ondas que o mar desvela
Enxuga minhas lágrimas
Na carência de minha amada.
Ai Tejo, meu Alentejo...
És meu amigo?
Então por que há de me negar um beijo.
Ai Tejo, meu Alentejo...
Se percebestes quem eu vejo
Cegas-me à vista nas águas de teus beijos.
Dimythryus
18/03/07
21:15hrs.
NEGROS ESCURECIDOS

Pretos o chão da
África escurecida
Dos corpos pretos enfraquecidos
Das noites negras
Dos negros vivos
Ainda que mortos
Vivos
Na pretitude da dor
Vivos
Ainda que negros
Escurecidos
Sob terras pretas entristecidas.
Pretos ainda que negros escurecidos
Sob terras pretas enegrecidas
Negros de negros olhos entristecidos
Sob mortos corpos que sobrevivem.
Negros ainda que distantes
Ainda que esquecidos
Sob terras secas enegrecidas
De secos olhos endurecidos.
Negros, ainda que duros, frágeis
Negros, ainda que vivos, mortos
Ainda que negros, escurecidos.
Dimythryus
23h45m
08/09/2006
LÂNGUIDO SORRISO

Meus lábios se
distendem incontíveis
E a isso chamam sorriso
O meu sorriso é lágrimas
Distúrbios que frêmitam sob o corpo
A minha face aflora um falso sorriso.
Um sorriso descontrolado
Nervoso e lânguido
Que o olhar despercebido
Tende a assimilar como alegria.
Meu sorriso é choro
Lágrimas de um instante verdadeiro
É a contradição do ato e seu sentido
Um descuido que um olhar atento reconhece.
Dimythryus
13-03-08
UNIESP
http://www.meiotom.art.br/darlanpo.htm
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Música: Träumerei, by Robert
Schumann

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