Carmo Vasconcelos

NOME: Maria do Carmo F. de
Vasconcellos Figueiredo
NOME LITERÁRIO: Carmo Vasconcelos
NATURALIDADE: Lisboa - Portugal
Carmo Vasconcelos desde sempre cultivou a paixão pela leitura e
pela escrita. É autora de um livro de poemas intitulado
"GEOMETRIAS INTEMPORAIS", publicado em papel no ano 2000, e tem
outros livros de poemas aguardando publicação, bem como romance,
palestras, conferências e ensaios.
E-Books: “O VÉRTICE LUMINOSO DA PIRÂMIDE” (Romance, 2 Volumes),
“ROMPENDO AMARRAS”, “MEMORANDO DE FOGO”, “DESPIDA DE SEGREDOS”,
“LUAS E MARÉS” e “SONETOS ESCOLHIDOS” (Poemas) Ver em:
http://www.delnerobookstore.com/bibliotecas_virtuais/carmo_vasconcelos
Inéditos, muitos, alguns espalhados por jornais e revistas e
inseridos em diversas Antologias. Pela sua participação em
vários Jogos Florais teve o privilégio de ganhar numerosos
prémios e menções honrosas.
É membro da Associação Portuguesa de Poetas (onde já integrou os
Corpos Directivos) e do Cenáculo Literário Marquesa de Valverde,
nos quais já colaborou como júri de concursos literários.
Participante assídua dos encontros da Associação Fernando
Pessoa, em Lisboa, aí foi distinguida com um trabalho de sua
autoria, intitulado "A FASE MÍSTICA DE FERNANDO PESSOA".
Amante da Filosofia e da Psicologia, eterna buscadora, estudante
de esoterismo e misticismo, é membro da Ordem Rosacruz - AMORC
(Grande Loja do Brasil), onde teve a honra de ser nomeada
“Mestre Auxiliar” e, mais tarde, indigitada para “Mestre” (cargo
que não aceitou), do Capítulo AMORC de Lisboa, que ajudou a
inaugurar em 1979.
Entre outras, proferiu uma palestra na Livraria-Galeria Verney,
em Oeiras, (Portugal) que teve por tema "O HOMEM E O UNIVERSO" e
na Net, uma conferência, seguida de debate, intitulada
"REENCARNAÇÃO, CARMA E EVOLUÇÃO"
Carmo Vasconcelos é Membro da Associação Portuguesa de Poetas –
APP; Gerente e autora do Grupo Ecos da Poesia - GEP; Patrono da
Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores - AVSPE; Académico
Fundador da Academia Virtual Poética do Brasil – AVPB ; Membro
convidado da Academia Poçoense de Letras e Artes – APOLO; Autora
na Varanda das Estrelícias, Portal Cen, Poetas Del Mundo;
Recanto das Letras, Usina das Palavras, Luso-Poemas, O Melhor da
Web, UniRio, Blog de Daniel Cristal, Blog de Efigênia Coutinho,
e ArtCulturalBrasil (Reino da Poesia)
CANTIGA PARA UM POETA

Meu
plantador de versos rama
Raízes velhas em mim derrama
Deixa que aspire os galhos verdes
Que cioso guardas
No canteiro das madrugadas
Vem e me chama!
Pela manhã deixa que eu seja
Beijo de orvalho e terra fêmea…
Mas se eu não for o teu ensejo
Ponho mordaça no meu desejo
Fico calada, durmo num canto
Choro por ti, do passado teu longo pranto
Faço-me estátua, contemplação
Silêncio e sombra
E ouvirei muda tuas revoltas de desencanto
Se me quiseres
Musa que borda para ti a inspiração
Feita cigana troco-te a sina
Da pele mulher te dou o mel
E feiticeira de maga tinta
Pinto-te trovas sobre o papel
Se me quiseres
Vem e me ensina
Quero ser nómada no teu deserto
Corpo de areia a fustigar-te com o meu ardor
Oásis certo a céu aberto
Refrigério, fonte de amor
Abre um pretexto no teu contexto
E arma a tenda com destemor
Faço-te a cama lisa e rasteira
De palha a esteira
Cheirando a flor
Serei o teu lençol de lua
Suave calma do anoitecer
E de mansinho, brisa ligeira
Fecho-te os olhos meu bem-querer
Desnudo o corpo e em oferenda
De alma lavada faço-me tua!
Carmo Vasconcelos
***
Lisboa/Portugal/2006
***
Ouça a gravação na voz da autora em:
http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/portugal/carmo_vasconcelo.html
MINHA SAUDADE

Minha saudade vibra e tem nome
Não é informe, amorfa ou incolor
Esbraveja clamando aquele amor
Qu’em tempos lhe matou a sede e a fome
Era pequeno pão, mas de alimento
Doce sabor nas ínfimas migalhas
Tinha o aroma quente das fornalhas
Onde os amantes ardem em tormento
Débil era o riacho para tanta sede
Porém tão refrescante a sua água
Que nele se esvaía toda a mágoa
D’amor que a vida a mim mal me concede
Ora minha saudade é esquecimento
E abafa fome e sede em temperança
Ora é gume ferino como lança
Que não mata mas mói em desalento
Há horas em que explode em desvario
Outras há que em sonos breves se acalma
Se em sonhos beija desse amor a alma...
Mas sempre volta às brumas do vazio!
Carmo Vasconcelos
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Lisboa/Portugal
26/Maio/08
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Cansaço
(Soneto Inglês)

Meus remos estão cansados de lutar
Barcaça a navegar contra a maré
De sonhos inundada perco o pé
Longe se faz a ilha a alcançar...
Sangram-me as mãos doridas de vazias
dos meus olhos escorrem só miragens
ilhas d’ amores, cálidas paragens
Visões falsas de areias fugidias
Moem-me a força as ondas a vencer
Esmorece a minha fé numa bonança
Em espuma se esvai a débil esperança
Do meu porto de abrigo vir a ter...
Não há poema capaz de me deter...
D’em breve eu não passar duma lembrança
Carmo Vasconcelos
***
Lisboa/Portugal
4/Outº/2008
http://www.carmovasconcelos-fenix.org/

Portugal

Música: Canção do Tempo, by
Madredeus

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